Jonas Donizete decreta “Área de Utilidade Publica” para  futura desapropriação e construção da segunda barragem na APA de Campinas

Mais dois importantes remanescentes florestais de Mata Atlântica serão suprimidos

 

Num momento de fragilidade social, em meio à pandemia do COVID-19, a assinatura do Decreto Nº 20.867 de 7 de maio de 2020, deixa ainda mais vulnerável a conservação do patrimônio socioambiental e cultural das Fazendas alvo desse decreto. A cidade perde, quando o poder público autoriza obras de grande impacto ambiental sobre as áreas verdes do município.

Também com o apoio do prefeito de Campinas, a obra do DAEE, a barragem de Pedreira-Campinas, foi iniciada sem que os questionamentos sobre sua legalidade, fossem respondidos. Com impacto ambiental e social imensurável, a justificativa e a caracterização do empreendimento – Abastecimento público de uma população de 1 milhão habitantes – , é uma inverdade, pois essa barragem, não atenderá os municípios à montante, incluindo Campinas. Esta obra deixa um rastro de devastação e é comprovadamente inútil para abastecimento público.

A justificativa de utilidade pública, assim como a suspeição do processo de licenciamento está se repetindo com a Barragem da Sanasa, em Sousas. As experiências recentes da crise hídrica, que atravessaram o Estado de São Paulo, demonstram que, a autonomia hídrica do município de Campinas e região, não se garante apenas pelo ‘barramento’ de volumes de água, e sim na produção de água através da recuperação e conservação das nascentes, o que contraditoriamente tem sido colocada em risco, exatamente pelas obras da barragem de Pedreira e, agora novamente, na insistência do prefeito em dar seguimento ao projeto da barragem da Sanasa.

Por tudo isso, a APAVIVA se manifesta contra toda essa irresponsabilidade socioambiental do prefeito de Campinas com as Áreas de Preservação Ambiental de Campinas.