As cidades históricas são lugares de especial interesse para o turismo cultural. Importante mitigar os resultados negativos que o turismo predatório, a pressão imobiliária e o transito de veículos pode acarretar.

Hoje, enviamos ao ÓRGÃO GESTOR DA APA – SVDS E AO CONGEAPA, um requerimento solicitando que o licenciamento da CAM 127, em andamento pela Secretaria de Infraestrutura, seja aplicada as diretrizes do Plano de Manejo e do Plano Diretor do município . Recomendamos que a pavimentação dessa via, aconteça ao mesmo tempo das obras das novas vias, que contornam Joaquim Egídio.

Na contra mão do desenvolvimento econômico sustentável previsto no Plano de Manejo da APA de Campinas, o governo municipal  anuncia o licenciamento para a pavimentação da CAM-127 em Joaquim Egídio, na APA de Campinas. A rua estreita de paralelepípedo do Distrito, não suportará o trafego gerado. Pavimentar a CAM-127, eleva o valor das terras em Joaquim Egídio e beneficiará o loteamento Santana da Lapa, em fase de lançamento, aumentando a forte pressão do setor imobiliário na Zona de Conservação de Manancial da APA de Campinas .

A APAVIVA, o Conselho Gestor da APA, concordam com a pavimentação da CAM-127, desde que as alças de contorno para livrar Joaquim Egídio do transito, sejam executadas previamente.

Sem outra possibilidade de acesso, a via tombada será usada com alternativa de rota de fuga.  Asfaltar a ligação de uma Rodovia, como a D. Pedro, com o centro urbano de Joaquim Egídio, sem antes executar as diretrizes viárias previstas no Plano Diretor, será um ato irresponsável do poder público e dos entes envolvidos. As alças de contorno, que aparecem abaixo em laranja são previstas para desviar o trafego e a circulação de automóveis, caminhões e ônibus e preservar Joaquim Egídio.

Existe um desejo legítimo, da população pelo asfalto. Hoje a única via de acesso ao Distrito é a ponte de Sousas, porém, o que está em jogo é o futuro do Distrito. O simples calçamento da CAM-127 promoverá a descaracterização do local.  A nova ponte que atravessa o Rio Atibaia, de acesso ao distrito, está na fase final das obras. A pressa em aprovar a pavimentação, junto com a nova ponte, pode causar danos ambientais, sociais e culturais irreversíveis a APA de Campinas.

Vamos valorizar o principal atrativo cultural e arquitetônico do distrito, o casario da rua tombada e liberar a área para moradores e turistas.