O DAEE divulga o plantio de 97.000 mil mudas, mas omite que 25.486 mudas estão mortas.

Mais um capitulo triste da insustentabilidade da barragem de Pedreira

 

 

A  APAVIVA reuniu os conselhos ambientais de Campinas para fiscalizar o cumprimento, por parte do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, a restauração de 100 metros da envoltória da Barragem de Pedreira, exigência da Licença de Instalação. Logo na primeira visita ficou constatado que na prática, o reflorestamento não está compatível com o projeto aprovado pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

Para a construção do eixo da barragem, foi aprovado pela CETESB, a supressão de uma mata de 60 hectares da APA de Campinas, a mata do Córrego Linde, na bacia do Rio Jaguari. Considerada como Área de Proteção Permanente (APP) pela Lei 10.850/2001 da criação da APA de Campinas, essa mata não poderia ser suprimida. No entanto, após uma manobra ilegal do prefeito Jonas Donizete, que altera a lei e aprova na Câmara dos Vereadores, a APA perde 60 hectares de Mata Atlântica, sem a aprovação do Conselho Gestor da APA (CONGEAPA). Essa manobra ilegal é motivo de denuncia crime ao Ministério Público.

Com a prática constante de crimes ambientais, a APAVIVA tem como principal objetivo, a mitigação dos impactos ambientais negativos na APA, provocados pela supressão de um, dos 15 principais fragmentos da APA, além da restauração florestal dos Corredores Ecológicos da Unidade de Conservação (UC).

A área envoltória do reservatório com 210 hectares, sendo que, 145 hectares precisam de restauração florestal. Segundo o DAEE, 43% dessa área já foi reflorestada com o plantio de 97 mil mudas nativas, só esqueceram de noticiar que dessas, 25.486 já morreram!

Ou seja, as perdas são enormes e muito maiores do que o aceitável. Para agravar a situação, o Consórcio OAS/BP/CETENCO, contratado pelo DAEE, para fazer o plantio e manutenção da área, pelo período de 12 meses, tempo abaixo do recomendado pela CETESB, que considera como ideal, o tempo mínimo de 30 meses, o suficiente para que as mudas plantadas já estejam no porte de tronco e copa, para assim, ser considerada uma área restaurada.

Engenheiros e ambientalistas estiveram no local para acompanhar o plantio de mudas

A ambientalista Angela Poldosky da APAVIVA junto com os conselheiros do Meio Ambiente de Campinas